Those Moments

Those moments that I once lived, secured somewhere in my memories, sometimes come back to life on a sleepless night, and I capture a few shiny moments in words in my notebook to revisit on a summer…

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Carta pra um amigo

Pela primeira em muito tempo, não tenho vontade de contar pra ninguém o que eu sinto. Mas preciso compartilhar um pouco com você, já que você é a personificação de desejo pela liberdade e meu melhor amigo. Eu nunca achei que precisávamos procurar pelas coisas, nunca achei que eu precisava me esforçar pra me sentir de outra forma. Sempre acreditei no tempo, no mundo, e mesmo que pouco, sempre acreditei em mim. Eu sabia que um dia eu ia sentir um “clique”. Eu sabia que um dia eu ia ser capaz de deixar tudo pra trás, mesmo que as coisas não parecessem certas no momento, eu sempre confiei no curso das coisas, por mais que o mundo pareça sem saída às vezes. Agora, eu só consigo pensar em como um dia, mesmo que pouco, eu tenha considerado achar que conhecia todas as sensações que podia. A realidade é que eu sempre soube que elas existiam, mas nem sempre a cabeça acompanha o coração. E agora eu reconheço que eu nunca estive parada. Eu só tinha medo demais, inseguranças demais e pensamentos demais. Eu não conhecia todas as sensações, eu só queria mais. Eu queria saber o que era sentir coisas que eu nunca tinha sentido antes, eu queria sentir a grandeza que escuto nas músicas dos meus artistas favoritos, que assisto nos filmes que eu nunca entendi de verdade e li nos livros que nunca consegui terminar. Eu nunca estive parada. Eu sempre quis mais. Eu queria chegar do outro lado, eu queria sair de perto de tudo que eu conhecia, queria me isolar de tudo que é pequeno demais. Eu não digo essas coisas de forma que infle meu ego, eu digo essas coisas, porque permanecer em um lugar pequeno sabendo que há muito mais, é tentar se sentir superior tirando proveito do conforto, e isso é a última coisa que eu quero. Eu não quero me sentir melhor que ninguém. Eu não quero me manter num lugar que eu não pertença apenas pra ensinar coisas que eu não sei pra pessoas que sabem menos ainda. Eu quero ir atrás do que é meu e de coisas que nunca vão ser minhas, e nunca vou encontrar nada no mundo me mantendo no conforto de ser triste com dezoito anos. Eu sempre me senti triste por coisas pequenas demais, e eu acho que é daí que vem minha claustrofobia. Eu sempre me mantive em coisas tão pequenas. Mas eu não me arrependo disso, nenhum pouco. Eu passei anos cultivando pessoas, igualmente livres, pra quem voltar. E essa é a coisa que eu mais quero no mundo. Não ter pra onde ir mas sempre ter pra quem voltar, e nada disso engloba conforto algum. Eu ando levando minha liberdade mais a sério, e eu acho que finalmente entendi o que você quis dizer todas as vezes que se sentia vivo. No fundo, eu acho que nem você compreende ainda, mas você também vai ser grande. E eu só tenho a agradecer por ser quem você é e nunca ter desistido de mim. Minha mãe sempre diz que você é um amigo de verdade, e ela não poderia estar mais certa. Dessa vez, eu realmente entendo o peso disso.

Eu tô cansada de coisas pequenas, e até os assuntos que eu tenho maestria em analisar me parecem pequenos demais, indignos-da-minha-atenção demais. E nada disso é ruim, eu precisava sentir que eu era mais que isso tudo e que a vida é mais que isso tudo. E é aí que tá, eu sempre soube, só não tinha sentido de fato. E essa mudança vai ser grande demais.

Ontem eu cheguei à conclusão que coisas não-reais não podem ser destrutivas. Meus pensamentos ruins não vão me levar a lugar algum se eu não deixar que eles façam isso.

Eu diria que finalmente tô retomando o controle das coisas, mas essa é a última coisa que eu quero. Eu não quero ter controle de nada. Eu não quero ter poder de nada além de eu mesma. Eu quero me desamarrar de tudo que me falaram que era errado, e tudo que me falaram que era certo. Eu só me importo em me sentir viva agora. Viva de verdade.

Quando relia meus cadernos, não consegui evitar ficar frustrada por ter sempre as mesmas piras, os mesmos pensamentos negativos. Agora eu entendo. Relendo tudo, parece que eu estava me preparando pra isso. Anos e anos dizendo “parece que eu não pertenço aqui”, “nada ao meu redor me agrada”, “eu queria conseguir me amar como eu amo os outros” e todas essas baboseiras, todas elas fazem sentido agora e eu não tô mais frustrada. Eu sempre soube que ia chegar lá, acho que eu só tinha medo demais de deixar a vida fácil. Eu sempre soube que caminhos distantes continuam sendo meus e de mais ninguém. E agora todas as músicas fazem sentido, eu nunca precisei tanto me sentir distante.

Obrigada por todas as nossas noites e todos os nossos amanheceres, você fez eu sentir uma faísca de um incêndio. A tecla cansada da liberdade finalmente faz sentido, e eu não tenho mais medo de sentir medo.

May :)

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